Se depender dos resultados obtidos na maior feira de bijuterias da América Latina nos últimos meses deste ano, a Bijoias, o ano 2011 tem tudo para ser festejado pelos empresários do setor.
De acordo com a organizadora do evento, Vera Masi, o segmento de bijuterias e folheados faturou US$ 360 milhões no ano passado, no Brasil, e a previsão é de 28% de crescimento até o fim deste ano. Para 2011, espera-se uma evolução média de mais 15%.
“O aumento do consumo da classe C, o investimento em tecnologia e design e o aumento de quase 250% no preço do ouro entre 2008 e 2009 são alguns dos fatores que alavancaram o setor de bijuterias no Brasil nos últimos anos”, analisa Vera Masi.
Diferencial – Investimento em design é a grande aposta para se diferenciar dos principais concorrentes das peças brasileiras, os produtos vindos da China. “Não tem como competir com os preços chineses, mas também não dá para competir com uma joalheria que tem tradição, marca e peso. O caminho que nós temos é ficar no meio. Por isso, é preciso agregar material de qualidade com design próprio, sem imitações, para abrir mercado e fugir da concorrência”, completa Masi.
Quem assina embaixo é a franqueada da Loja Morana em Salvador, Carmen Menezes. Ela abriu seu primeiro negócio há oito anos, no Shopping Iguatemi, e o sucesso foi tão satisfatório que, três anos depois, ela investiu em mais uma loja no Shopping Barra. Há um ano e meio abriu outra unidade no Shopping Paralela.
Mercado – Fizemos uma pesquisa de mercado e vimos que faltavam lojas do ramo para atender ao público de Salvador. Trabalhamos com bijuterias finas e semijoias com pedras naturais, para as quais oferecemos um certificado de compra”, explica a empresária, comemorando o crescimento do mercado, em torno de 8% a 10% ao ano. Em sua loja mais nova, o tíquete médio de compra dos clientes fica em torno de R$ 80 e o preço das peças varia de R$ 29 a R$ 499.
Com três unidades próprias, 138 franqueadas e quatro no exterior, o investimento inicial em uma loja da Morana fica em torno de R$ 300 mil, sem incluir o ponto de venda. O faturamento médio mensal é de R$ 62 mil, com retorno do investimento previsto entre 18 e 24 meses.
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