domingo, 12 de dezembro de 2010

A hora dos micro e pequenos negócios

A partir de 2011 até 2016, o Brasil vai sediar pelo menos cinco mega eventos internacionais, principalmente esportivos, que mobilizarão multidões e grandes volumes de recursos. Só a Copa do Mundo de 2014 vai atrair cerca de 660 mil turistas estrangeiros, além dos locais, e injetar R$ 143,4 bilhões na economia brasileira, conforme pesquisa da Ernest & Young e Fundação Getúlio Vargas. Os micro e pequenos negócios precisam se preparar para aproveita essas oportunidades, incluindo as da economia solidária.

O alerta é do ex-diretor técnico e atual consultor do Sebrae, Luiz Carlos Barboza, especialista em desenvolvimento e em pequenos negócios. "A Copa de 2014 e as Olimpíadas 2016 podem tirar o Brasil da estagnação de cinco anos do fluxo de turistas estrangeiros para receber até 7,5 milhões de visitantes até 2014 e 9 milhões em 2018", avaliou. Conforme Barboza, dos 142,4 bilhões investidos, 20,8%, o equivalente a cerca de R$ 30 bilhões, serão em compras de produtos e serviços e uma parcela desses recursos certamente pode ser capturada pelos micro e pequenos negócios.

"Precisa-se de tudo ao mesmo tempo. O número de encomendas que teremos é impressionante e teme-se até a incapacidade de atendimento a toda essa demanda", disse Barboza. Ele lembrou, por exemplo, que os recursos serão investidos em áreas que vão da indústria têxtil a móveis e madeira. Conforme as pesquisas apontam, os principais gastos dos turistas são com hotéis, seguidos de alimentação, compras, transporte, cultura e laser, a maioria, áreas em que os micro e pequenos negócios atuam.

Conforme o consultor, a Copa de 2014 gera grandes potenciais de negócios para produtos e serviços provenientes de micro e pequenos empreendimentos de desenvolvimento territorial ou local de comunidades urbanas ou rurais, de empreendimentos da economia solidária, do comércio justo, da agricultura familiar, alimentos orgânicos ou agroecoló-gicos, artesanato e souvenirs, entre outros, como confecções e acessórios e das manifestações culturais e artísticas.

"Não se pode passar a vergonha de o turista comprar aqui artesanato que vem da China", incentivou.

Barboza explica que para aproveitar ainda mais essas oportunidades, além de preparados, os micro e pequenos negócios também precisam estar organizados."Haverá oportunidades, mas o grau de aproveitamento depende do grau de organização desses negócios", afirmou.

Uma das principais iniciativas, lembrou, é procurar orientação do Sebrae e outros órgãos que atuam na área.

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