No Programa de hoje (14/12/2010), o apresentado oficial do programa (R.Amaral) levou ao ar um comentario sobre o tema. Ouça no link abaixo.
Materia do Dia
Crack é problema para 70% dos municípios brasileiros
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios revela que 3.871 cidades têm de definir estratégias de combate à droga
A grande maioria dos municípios brasileiros – dos mais populosos aos menos habitados – já enfrenta problemas de saúde pública por causa da epidemia que se tornou o consumo de crack no Brasil. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com 3.950 municípios revela que 98% deles (3.871) precisam criar estratégias para combater o tráfico, o consumo e dar tratamento aos dependentes da droga. Eles representam 70% de todas as cidades brasileiras
O estudo inédito tenta mostrar que as ações definidas pelo governo federal para enfrentamento da epidemia podem fracassar. Segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, os municípios não possuem condições orçamentárias de financiar as ações necessárias e, sem apoio efetivo da União, ele acredita que as prefeituras não conseguirão dar conta de enfrentar o problema. “Lei é muito fácil de fazer. O Congresso Nacional é muito sábio nisso, mas não tem coragem em mexer nos cofres do governo para mostrar como aplicá-las”, diz.
A pesquisa
Os secretários municipais de saúde dos 3.950 ouvidos pela pesquisa responderam a 12 perguntas sobre as ações feitas para reduzir o consumo e tratar dos dependentes do crack em suas cidades. Em todos os Estados, mais de 40% dos municípios participaram do estudo. A exceção foi o Rio de Janeiro, em que apenas 16,3% dos gestores de saúde preencheram o questionário. Na região Sul, a participação dos municípios foi superior a 80%.
Ziulkoski afirma que a pesquisa deve ser estendida no futuro. No início do ano que vem, o perfil de consumo da droga nas cidades brasileiras também deve ser investigado.
Distribuição da amostra da pesquisa nos Estados
UF | Municípios por Estado | Municípios pesquisados | % |
---|---|---|---|
Acre | 22 | 14 | 63,64 |
Alagoas | 102 | 58 | 58,86 |
Amazonas | 62 | 35 | 56,45 |
Amapá | 16 | 7 | 43,75 |
Bahia | 417 | 265 | 63,55 |
Ceará | 184 | 117 | 63,59 |
Espírito Santo | 78 | 54 | 69,23 |
Goiás | 246 | 188 | 76,42 |
Maranhão | 217 | 115 | 53 |
Minas Gerais | 853 | 676 | 79,25 |
Mato Grosso do Sul | 78 | 58 | 74,36 |
Mato Grosso | 141 | 103 | 73,05 |
Pará | 143 | 71 | 49,65 |
Paraíba | 223 | 139 | 62,33 |
Pernambuco | 184 | 108 | 58,7 |
Piauí | 224 | 119 | 53,13 |
Paraná | 399 | 340 | 85,21 |
Rio de Janeiro | 92 | 15 | 16,3 |
Rio Grande do Norte | 167 | 96 | 57,49 |
Rondônia | 52 | 28 | 53,85 |
Roraima | 15 | 7 | 46,67 |
Rio Grande do Sul | 496 | 431 | 86,9 |
Santa Catarina | 293 | 245 | 83,62 |
Sergipe | 75 | 46 | 61,33 |
São Paulo | 645 | 520 | 80,62 |
Tocantins | 139 | 95 | 68,35 |
BRASIL | 5.563 | 3.950 | 71 |
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