Os trabalhadores das três maiores empresas do Grupo Neoenergia (Coelba, Celpe e Cosern) decidiram, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (17) deflagrar greve a partir da próxima segunda-feira (20).
"A Coelba e o Grupo afirmam que estão avançando nas questões econômicas, o que não é verdade. Além disso, eles ainda omitem que a prioridade dos trabalhadores na campanha salarial é o Plano de Saúde, a Criação de um PCCS, a Estabilidade pré- aposentadoria e o fortalecimento das Fundações", afirmou Cristina Brito, coordenadora do Sindicato dos Eletricitários da Bahia (Sinergia-BA).
Em nota, a Coelba afirmou que irá tomar todas as providências para assegurar o acesso dos funcionários que pretendem trabalhar e garantir a normalidade do fornecimento de energia elétrica e demais serviços prestados pela concessionária.
“Até o momento, já foram realizadas 09 reuniões tendo sido fechadas 35 cláusulas. Na última reunião realizada dia 8 de dezembro, a empresa reafirmou a proposta de reajuste salarial de 6,0% (INPC = 5,39% + 0,61% ganho real) para todos os empregados e Ticket Refeição no valor de R$ 17,39, o que representa um aumento de 6%. Também foi oferecido pela Coelba um ticket extra no valor de R$ 190,00 e abono no valor de R$ 1.120,00”, diz a nota da empresa.
Acordo operacional
Com a deflagração da greve, a direção do Sinergia vai discutir, ainda neste fim de semana, um Acordo Operacional com a Companhia para diminuir os prejuízos causados com a ausência dos serviços, sobretudo, em razão das festividades de fim de ano.
"É preciso deixar claro que os apagões que ocorrem constantemente em todo estado é por conta da falta de manutenção preventiva e investimentos da Coelba, o que, diga-se de passagem, estamos denunciando com frequência. Assim, Caso tenhamos dificuldade no fornecimento neste final de ano, a responsabilidade não poderá ser atribuída aos trabalhadores", frisou Cristina Brito.
Tribuna
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