domingo, 12 de dezembro de 2010

Sem médicos e remédios, população fica desamparada em Eunápolis

A falta de médicos, remédios e equipamentos de atendimento em postos de saúde e no Hospital Regional de Eunápolis (a 643 km de Salvador), no extremo sul da Bahia, vem causando transtornos à população local, sobretudo para quem mora na periferia, onde os problemas se agravam pelo fato de o atendimento ser limitado.
Nossa Equipe visitou postos de saúde em bairros periféricos da cidade e o Hospital Regional de Eunápolis, que foi reinaugurado no meio deste ano e trazia a esperança de melhorias, mas, com o passar dos meses, mostrou-se com os velhos problemas de antes da reinauguração: falta de médicos, demora no atendimento e superlotação.
Nos postos de saúde da periferia, faltam remédios básicos, como AAS (ácido acetilsalicílico), dipirona sódica e amoxilina. No posto do bairro Moisés Reis, pessoas em busca de atendimento e remédios saem de lá quase sempre decepcionadas, tendo de pedir ajuda a terceiros.
Moradores do bairro Pequi fizeram um abaixo-assinado com cerca de mil assinaturas e informaram as condições do posto de saúde do bairro ao Ministério Público do Estado. O caso está com a promotora Tamar Luz Dias, que está em licença. “Não tem médico, não tem balança, aparelho de medir glicemia nem fita médica”, denunciam.

A secretária da Saúde de Eunápolis, Kátia Nunes, disse que a superlotação no hospital tem ocorrido porque as secretarias da Saúde de outros municípios têm mandado pacientes para lá quando, segundo ela, eram para ser encaminhados ao município de Porto Seguro. “O Hospital Regional não faz atendimento de urgência e emergência. Isso é em Porto, que é a unidade de referência da região”, explicou.

Com relação à falta de remédios, Kátia Nunes alegou que alguns medicamentos não fazem mais parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), do Ministério da Saúde, no entanto a população ainda os procura nos postos.

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